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Dados sigilosos de crianças e adolescentes de processos do TJ-SP vazam em sites jurídicos e expõem jovens a constrangimentos e riscos

Publicado em: 11/12/2025 04:01

Dados sigilosos de crianças e adolescentes vazam em sites jurídicos Informações sigilosas de processos envolvendo crianças e adolescentes que responderam por atos infracionais, que, por lei, deveriam estar completamente protegidas, têm sido divulgadas por sites jurídicos como Escavador e Jusbrasil. O vazamento, considerado inédito pela Defensoria Pública de São Paulo, já provocou demissões, abandono escolar e situações de constrangimento entre jovens cujos nomes passaram a aparecer em buscas simples na internet. O Tribunal de Justiça nega falha, e a Defensoria afirma que cabe indenização aos jovens. Os sites jurídicos amentaram a exposição dos jovens e alegaram que apenas reproduziram dados. A origem do vazamento é desconhecida. (leia mais abaixo) Segundo o g1 apurou, o problema veio à tona após técnicos de serviços de medidas socioeducativas perceberem que adolescentes acompanhados por eles estavam sendo identificados publicamente. Raio X da violência contra a criança e o adolescente no Brasil Um desses serviços mapeou 45 nomes vazados apenas em uma única região da capital paulista, segundo a Defensoria. A partir daí, denúncias passaram a chegar de forma contínua ao Núcleo Especializado da Infância e Juventude (NEIJ), que hoje contabiliza mais de 50 casos confirmados, embora a estimativa real seja muito maior. Além dos nomes e idades, também ficam expostos detalhes sobre os atos infracionais atribuídos aos adolescentes — em sua maioria, crimes contra o patrimônio, como furto. “É algo completamente inédito. Estou na Infância há quase dez anos e nunca havia visto qualquer tipo de vazamento”, diz a defensora responsável pelo núcleo. “Esses processos têm camadas de sigilo e, em alguns tipos, até os próprios defensores precisam de credenciais especiais para acessá-los. Encontrar esse material exposto em sites abertos é extremamente grave", diz Gabriele Estabile Bezerra, coordenadora Auxiliar do Núcleo Especializado da Infância e Juventude da Defensoria. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é claro: o artigo 247 proíbe qualquer divulgação, total ou parcial, de dados que identifiquem adolescentes envolvidos em atos infracionais, seja por publicação original ou republicação — argumento que contradiz a defesa apresentada por sites que afirmam apenas “republicar dados públicos”. A pena é de multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Quem exibe ou transmite imagem e dados de adolescentes incorrem na mesma pena. "Entendo que o TJ pode responder com base no ECA e na Constituição Federal ao expor nomes e informações de processos de crianças e adolescentes, que deveriam tramitar em sigilo. O segredo de Justiça visa evitar a revitimização das próprias crianças e adolescentes", diz Ariel de Castro Alves, advogado, membro da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB. "Nesse momento, embora os portais se esquivem de assumir uma responsabilidade, o fato é que qualquer divulgação, independentemente da fonte de obtenção, ela é uma infração administrativa, então os portais são responsáveis por essa divulgação, sim. Além da indenização, que esses adolescentes podem fazer jus. E aí, teria que investigar qual que é a origem para a gente poder pensar em espécies de responsabilidade seja penal, seja administrativa, seja na indenização da história cível", completou Gabriele. Dados de adolescente expostos em site jurídico Reprodução Constrangimentos e violação de direitos O vazamento não é apenas uma falha administrativa: ele tem consequências diretas na vida dos jovens. Uma adolescente perdeu o emprego depois que o empregador, ao buscar seu nome na internet, encontrou o processo sigiloso e decidiu demiti-la. Em outro caso, um estudante abandonou o ano letivo após ser exposto de forma vexatória na escola. Há ainda situações envolvendo adolescentes em contextos de ameaça, nos quais a divulgação aumenta o risco real à integridade física. Um desses casos é de um adolescente que cumpriu medida socioeducativa por seis meses em uma creche para crianças pequenas. O pai explica que o filho só passou a responder ao processo porque se aproximou de um adolescente que, segundo ele, era o verdadeiro responsável pelo ato infracional investigado. “O principal adolescente no processo é o 'fulano'. Meu filho acabou sendo investigado por estar perto dele, mas o juiz enxergou que ele não tinha cometido nada. Ele foi inocentado”, afirma. O pai conta que o jovem ficava muito tempo sozinho em casa e acabou se envolvendo com um grupo que considerava perigoso, mas que o acolhia. “Ele mesmo dizia: 'Eu sabia que eles faziam coisa errada, mas eu falava que era contra. Eram as pessoas que conversavam comigo, que jogavam joguinho online comigo'.” Por isso, ele acabou recebendo uma medida socioeducativa leve, voltada para orientação. “O juiz entendeu que ele precisava aprender a selecionar amizades, a tomar cuidado com internet, com redes sociais”, diz o pai. O processo do adolescente foi arquivado após seis meses, quando a Justiça concluiu que ele não havia participado do ato infracional. Segundo o pai, o processo foi arquivado e o filho inocente pelo juiz. Mesmo assim, passou a ser alvo de estigma na escola depois que o processo apareceu ao se digitar seu nome no Google. “Eu tenho o print do Jusbrasil. Se digitava o nome dele na internet, aparecia o processo”, disse. Ele afirma que, a partir disso, o adolescente passou a ser visto como “perigoso” e “agressivo” por colegas e funcionários. “O segurança falava no rádio: 'menino chegou, toma cuidado', como se ele fosse um ladrão”, relatou. O pai conta ainda que a coordenadora o chamou numa sala fechada e insistiu para que ele admitisse ter machucado alguém, o que ele negou repetidas vezes. A família também acredita que a escola vasculhou as redes sociais do jovem, já que um vídeo postado apenas para amigos acabou enviado ao técnico da medida. O pai diz que o conjunto dessas situações fez o filho voltar a apresentar sintomas de depressão. “Ele estava muito bem, mas voltou a ficar triste, revoltado. Parou de ir para a escola.” Hoje, o adolescente estuda em regime domiciliar. TJ e CNJ negam falhas; origem do vazamento segue desconhecida O Núcleo da Defensoria notificou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o Ministério Público e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mas, até agora, nenhum órgão identificou a origem do vazamento ou apresentou medidas concretas para solucioná-lo. O Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou, por meio de nota, que foram instaurados expedientes administrativos na Presidência, com análise conduzida pelo Setor de Tecnologia da Informação, diante da notícia de eventual exposição indevida de dados de adolescentes vinculados a processos da Infância e Juventude. "As análises realizadas pela área de TI confirmaram que não houve vazamento de dados, falha no sistema informatizado ou irregularidade nas publicações. Os levantamentos indicam que as informações mencionadas estão sendo obtidas por meios externos, alheios à atuação do TJSP e de seus agentes, sem qualquer falha na guarda dos dados pelo Tribunal", diz. As conclusões obtidas até o momento foram encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e à Defensoria Pública, para as providências que entenderem cabíveis. O TJSP esclarece que não pode agir de ofício para determinar a retirada de conteúdos eventualmente publicados por terceiros, sendo necessária a provocação judicial por parte dos órgãos ou interessados legitimados. Já o CNJ afirmou que a Corregedoria Nacional de Justiça pediu esclarecimentos ao TJ. "O TJSP informou que, após auditoria interna, não foram encontradas falhas, erros de procedimento ou disponibilização indevida de dados por parte do Tribunal. A corte esclareceu ainda que a própria Defensoria havia identificado apenas dois casos desses vazamentos, os quais foram verificados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Sobre isso, o TJSP levanta a hipótese de que a coleta indevida de informações sobre esses dois casos tenha ocorrido por pessoas com acesso legítimo ao processo, que utilizaram os dados para fins ilegítimos. O presidente do TJSP sugeriu que apenas uma investigação mais aprofundada, possivelmente de caráter policial, poderá identificar a origem dos vazamentos", diz. A defensora discordou sobre o número de casos que foram apresentados pelo órgão ao TJ e CNJ. “O CNJ arquivou dizendo que eram poucos casos, mas já mapeamos dezenas, e sabemos que o universo é muito maior. É indispensável uma investigação mais profunda sobre como esses dados sigilosos estão sendo extraídos e repassados.” Possíveis fontes do vazamento Segundo a Defensoria, três caminhos têm sido identificados como potenciais pontos de fragilidade: Publicações judiciais que não foram anonimizadas, inclusive em varas criminais, onde adolescentes são citados nominalmente. Casos com atuação de advogados, que acabam indo para o Diário de Justiça Eletrônico sem o devido cuidado com o sigilo. A publicação indevida de atos processuais que jamais poderiam ser divulgados, como os do juízo corregedor — o tipo de processo que possui o maior nível de sigilo. A defensora também aponta a possibilidade de que o problema esteja em um banco de dados nacional abastecido obrigatoriamente por todos os tribunais, como o sistema Códex do CNJ, mas reforça que não há elementos suficientes para confirmar a hipótese. Retiradas pontuais não resolvem o problema A Defensoria tem solicitado a remoção de páginas individualmente, e alguns portais atendem aos pedidos — mas de forma irregular. Mesmo nomes cuja retirada já foi confirmada continuam reaparecendo em buscas recentes. “É um universo infinito. Não há como rastrear manualmente todos os adolescentes expostos. Sem identificar a fonte do vazamento, o problema continua”, diz a defensora. Por enquanto, nenhuma ação coletiva de indenização foi movida, mas a Defensoria afirma que os jovens afetados têm direito à reparação civil pelos danos sofridos. “É uma violação grave, inédita e contínua. E ninguém está assumindo responsabilidade”, resume a defensora. O que diz o TJ "O Tribunal de Justiça de São Paulo informa que foram instaurados expedientes administrativos na Presidência, com análise conduzida pelo Setor de Tecnologia da Informação, diante da notícia de eventual exposição indevida de dados de adolescentes vinculados a processos da Infância e Juventude. A apuração teve início após comunicações enviadas por magistrados e pelo Núcleo Especializado da Infância e Juventude (NEIJ), da Defensoria Pública do Estado. As análises realizadas pela área de TI confirmaram que não houve vazamento de dados, falha no sistema informatizado ou irregularidade nas publicações. Os levantamentos indicam que as informações mencionadas estão sendo obtidas por meios externos, alheios à atuação do TJSP e de seus agentes, sem qualquer falha na guarda dos dados pelo Tribunal. As conclusões obtidas até o momento foram encaminhadas ao Conselho Nacional de Justiça e à Defensoria Pública, para as providências que entenderem cabíveis. O TJSP esclarece que não pode agir de ofício para determinar a retirada de conteúdos eventualmente publicados por terceiros, sendo necessária a provocação judicial por parte dos órgãos ou interessados legitimados." O que diz o CNJ "Em 20 de agosto, a Corregedoria Nacional de Justiça pediu esclarecimentos ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em relação a suposto vazamento de dados de processos relativos ao cumprimento de medidas socioeducativas ou a atos infracionais em plataforma privada que reúne dados de processos judiciais. A solicitação foi feita após o CNJ receber denúncia da Defensoria Pública do Estado de São Paulo em que relatou facilidade na identificação desses processos, o que viola o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê que os dados de menores de idade constantes em processos judiciais devem ser resguardados de exposição. Em resposta, o TJSP informou que, após auditoria interna, não foram encontradas falhas, erros de procedimento ou disponibilização indevida de dados por parte do Tribunal. A corte esclareceu ainda que a própria Defensoria havia identificado apenas dois casos desses vazamentos, os quais foram verificados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Sobre isso, o TJSP levanta a hipótese de que a coleta indevida de informações sobre esses dois casos tenha ocorrido por pessoas com acesso legítimo ao processo, que utilizaram os dados para fins ilegítimos. O presidente do TJSP sugeriu que apenas uma investigação mais aprofundada, possivelmente de caráter policial, poderá identificar a origem dos vazamentos. Diante disso, a Corregedoria Nacional de Justiça considerou que não foram apresentadas provas concretas de falha na proteção de dados que justifiquem a instauração de medidas mais severas neste momento." O que diz o Escavador Nota de esclarecimento do Escavador sobre alegações de exposição de dados processuais sigilosos envolvendo crianças e adolescentes. O Escavador vem a público prestar esclarecimentos, com total transparência, sobre reportagens que mencionam suposta exposição, em sua plataforma, de dados processuais que deveriam tramitar sob segredo de justiça, especialmente em casos envolvendo crianças e adolescentes. Lamentamos profundamente qualquer preocupação ou constrangimento que a situação possa ter causado a familiares, responsáveis e demais envolvidos. A proteção de dados pessoais – em especial de pessoas em situação de vulnerabilidade – é prioridade absoluta na nossa atuação. 1. Compromisso com proteção de dados e com a legislação O Escavador reafirma seu compromisso integral com: a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD); o Marco Civil da Internet (MCI); o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o chamado ECA Digital. Nosso modelo de atuação não envolve a coleta clandestina, a venda ou o vazamento de dados sigilosos. A plataforma organiza e indexa informações que já foram tornadas públicas em bases oficiais do Poder Judiciário, com o objetivo de facilitar o acesso e a compreensão de dados públicos. O Escavador não tem poder de alterar, classificar como sigiloso ou tornar público qualquer dado na origem. Toda informação exibida reflete, de forma automatizada, o status com que ela é disponibilizada pelos órgãos oficiais competentes. 2. Origem das informações exibidas A partir da análise técnica já realizada, constatamos que os processos mencionados na reportagem constavam como publicamente acessíveis em bases oficiais de consulta, incluindo a plataforma Jus.br, administrada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nesses casos, o Escavador: apenas reproduziu e indexou informações que já estavam abertas à consulta pública; não teve participação na decisão de tornar tais dados públicos; não realizou qualquer ação de invasão, extração indevida ou quebra de sigilo. A responsabilidade pela correta classificação (público/sigiloso) dos processos e pela proteção especial de dados de crianças e adolescentes é, por lei, dos órgãos que administram esses sistemas oficiais. Ainda assim, o Escavador entende que faz parte do mesmo ecossistema de Justiça digital e, por isso, age de forma colaborativa e preventiva. 3. Medidas imediatas adotadas pelo Escavador Assim que fomos notificados sobre as alegações, adotamos, com máxima prioridade, as seguintes medidas: Remoção imediata de conteúdo Todas as páginas relacionadas aos processos citados foram prontamente removidas da plataforma, impedindo novos acessos por meio do Escavador. Reforço de rotinas de monitoramento Intensificamos nossos mecanismos de verificação e monitoramento de dados provenientes de fontes oficiais, com atenção especial a situações que possam envolver crianças, adolescentes e outros grupos vulneráveis. Colaboração técnica com o Poder Judiciário Colocamos nossa equipe técnica à disposição do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e demais órgãos competentes para: apoiar na identificação da origem das publicações indevidas em bases oficiais; colaborar em melhorias de prevenção e correção de eventuais inconsistências na classificação de processos sigilosos. As informações colhidas em nossa análise técnica estão à disposição das autoridades para quaisquer apurações que entenderem cabíveis. 4. Papel do Escavador no ecossistema de Justiça digital O Escavador é uma das mais de 20 lawtechs e legaltechs associadas à AB2L (Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs) que atuam de forma legítima e transparente na organização de dados públicos, contribuindo para a democratização do acesso à Justiça. Situações em que processos que deveriam ser sigilosos aparecem como públicos em bases oficiais representam um desafio relevante para todo o sistema de Justiça digital. Por isso, o enfrentamento desse tipo de problema exige: correções na origem, nos sistemas oficiais que classificam e divulgam os dados; diálogo técnico constante entre Poder Judiciário, órgãos reguladores, especialistas em proteção de dados e empresas de tecnologia jurídica. O Escavador reitera sua postura colaborativa e responsável, colocando-se à disposição para contribuir com soluções que reforcem a proteção de dados – em especial de crianças e adolescentes – em todo o ciclo de vida da informação, desde a publicação oficial até eventuais indexadores de busca. 5. Exercício de direitos e canais de atendimento O Escavador incentiva que qualquer titular de dados exerça plenamente seus direitos de privacidade e autodeterminação informativa. Para isso, mantém canais específicos e acessíveis: Política de Privacidade https://www.escavador.com/politica-de-privacidade Formulário de Remoção de Dados Disponível na plataforma para solicitações de exclusão, ocultação ou desindexação de resultados associados a nomes de pessoas físicas ou jurídicas, analisadas com a maior brevidade possível. Canais de atendimento: contato@escavador.com dpo@escavador.com O Escavador permanece à disposição da imprensa, das autoridades e da sociedade para prestar todos os esclarecimentos necessários. O que diz o Jusbrasil "O Jusbrasil organiza e disponibiliza dados públicos extraídos de fontes oficiais do sistema de justiça. Desde a entrada no ar do Jusbrasil, criamos mecanismos de remoção de informações pessoais, mesmo que estejam disponíveis em sites oficiais. Já foram mais de 15 milhões de processos que tiveram informações desidentificadas de forma proativa. Essas medidas incluem casos de adolescentes que cumprem ou cumpriram medidas socioeducativas. Nos casos de informações que tenham sido publicadas erroneamente pelas fontes oficiais e não tenham sido contempladas em nossos mecanismos automáticos de prevenção, temos um canal de atendimento que funciona 24 horas por dia para solicitação de desidentificação das informações. Nos diários oficiais, havendo o pedido, a desidentificação é imediata."

Brasil realiza 1ª terapia CAR-T 100% nacional com alta taxa de remissão em cânceres do sangue

Publicado em: 11/12/2025 02:00

Entenda como funciona a terapia Car-T, que pode revolucionar o tratamento contra o câncer O Brasil acaba de registrar um marco na história da oncologia. Pela primeira vez, uma terapia celular CAR-T — tecnologia de altíssima complexidade, até então restrita a países ricos e à indústria farmacêutica — foi desenvolvida, produzida e aplicada integralmente em território nacional. E com resultados considerados robustos: 81% de resposta e 72% de remissão completa em pacientes com linfomas, leucemias e outras neoplasias de células B refratárias a todas as terapias anteriores. O estudo, chamado CARTHIAE, foi conduzido pelo Einstein Hospital Israelita, financiado pelo Ministério da Saúde via PROADI-SUS, e aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como o primeiro ensaio clínico fase I de CAR-T produzido dentro de um hospital brasileiro. É também o primeiro caso de manufatura point-of-care da América Latina — quando a terapia é fabricada no próprio local onde será aplicada. “É um marco histórico para a hematologia brasileira”, afirma o hematologista Nelson Hamerschlak, coordenador do estudo. “Mostra que um país de renda média pode produzir CAR-T com segurança, eficácia e custo potencialmente reduzido.” CAR-T Cell: Linfócitos retirados do paciente e modificados em laboratório voltam à corrente sanguínea e combatem células cancerígenas hemocentro ribeirão preto, SP Arte/TV Globo O que é a CAR-T e por que ela é tão esperada A CAR-T é uma imunoterapia personalizada. As células T do próprio paciente são coletadas, modificadas geneticamente para reconhecer o tumor e devolvidas ao organismo para destruir as células doentes. É uma das tecnologias mais promissoras contra cânceres hematológicos avançados, capaz de gerar remissões profundas mesmo em casos já considerados sem alternativas. Até agora, no entanto, o acesso sempre foi muito limitado por dois motivos: o custo extremamente alto — que pode chegar a R$ 2 milhões ou até R$ 3 milhões na versão comercial importada — e a dependência total de manufatura no exterior. As células precisam ser enviadas para laboratórios nos Estados Unidos ou Europa, produzidas lá e reenviadas ao Brasil, processo que envolve logística complexa, internações prolongadas e risco clínico durante a espera. Um estudo da Universidade Federal do Paraná, publicado no Journal of Medical Economics, mostra que essa dependência internacional é um dos principais fatores que tornam a CAR-T proibitiva no país. Mesmo sendo custo-efetiva a longo prazo, porque evita recidivas caras e melhora taxas de cura, o preço de entrada continua sendo uma barreira. A produção nacional tenta romper justamente esse obstáculo. Como o estudo brasileiro foi feito No estudo CARTHIAE, 11 pacientes receberam a CAR-T produzida no próprio Einstein. Eles tinham entre 9 e 69 anos e todos estavam em situação grave, com câncer que já não respondia a nenhum dos tratamentos anteriores. Cada pessoa havia passado por uma mediana de quatro tratamentos prévios. Metade dos participantes tinha linfomas de células B, e os demais eram casos de leucemia linfóide aguda (LLA) ou leucemia linfóide crônica (CLL) — dois tipos de câncer do sangue que podem ser especialmente difíceis de tratar quando se tornam refratários. A manufatura ocorreu dentro da própria instituição, com a plataforma CliniMACS Prodigy, que permite um ciclo completo de produção — da coleta à infusão — sem depender de laboratórios externos. O tempo médio entre retirada das células e retorno do produto pronto (“vein-to-vein”) foi de 22 dias. A taxa de sucesso de fabricação foi de 100%, um indicador incomum mesmo em centros internacionais. “Produzimos em tempo real, com qualidade e custo muito menor do que os modelos comerciais”, afirma Hamerschlak. Car-T Cell: entenda terapia celular contra câncer aplicada de forma experimental Editoria de Arte/g1 Resultados: remissão elevada e segurança manejável O estudo registrou 81% de resposta global e 72% de remissão completa. A sobrevida livre de progressão foi de 71% e a sobrevida global, de 80% no acompanhamento mediano de 11 meses. A expansão das células CAR-T ocorreu dentro do esperado para cada tipo de câncer tratado — LLA (leucemia linfóide aguda), LLC/CLL (leucemia linfocítica crônica) e os diferentes linfomas de células B. As células modificadas continuaram presentes no organismo por até um ano, o que indica persistência da terapia ao longo do tempo. Os efeitos colaterais foram os esperados para esse tipo de terapia. A maioria dos pacientes teve febre e inflamação nas primeiras semanas, e parte deles apresentou alterações temporárias no funcionamento do sistema nervoso, como confusão ou sonolência. Todos esses sintomas foram controlados com tratamento e desapareceram após o manejo médico. car-t Hemocentro de Ribeirão Preto (USP)/arte g1 Por que produzir no Brasil muda o acesso A fabricação nacional resolve justamente os principais gargalos da CAR-T importada: o custo e o tempo. Ao eliminar a etapa internacional, grande parte do valor associado à importação deixa de existir, assim como o período crítico em que o paciente aguarda a chegada do produto. Segundo Hamerschlak, isso abre caminho para modelos de acesso ampliado — inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS) — e para a criação de uma rede cooperativa de centros nacionais capazes de produzir ou infundir CAR-T. “Se consolidarmos a manufatura em rede — Einstein, USP Ribeirão Preto, Butantan, Fiocruz/INCA, Mandacaru — será possível ampliar de forma real o número de pacientes tratados”, afirma. O papel do Ministério da Saúde O estudo recebeu financiamento de R$ 31,9 milhões do Ministério da Saúde por meio do PROADI-SUS. Segundo Hamerschlak, o suporte foi necessário porque não há, hoje, mecanismos específicos para financiar terapias avançadas em fase inicial no Brasil -- especialmente quando envolvem infraestrutura laboratorial complexa. O hematologista afirma que essa etapa foi suficiente para viabilizar o ensaio, mas ressalta que não resolve o debate principal, que é como — e se — a tecnologia poderá ser incorporada ao sistema público no futuro. “O financiamento inicial permitiu começar o estudo, mas a discussão sobre acesso é outra e ainda precisa ser enfrentada”, diz. Próximos passos A equipe já trabalha no cronograma para dar sequência ao programa. A fase II do estudo está prevista para começar entre 2026 e 2027, em paralelo ao esforço para manter a produção nacional ativa — tanto com a tecnologia utilizada hoje no Einstein quanto em possíveis parcerias com a Fiocruz. Há também uma segunda linha de desenvolvimento. A hematologista Lucila Kerbauy teve aprovado um projeto no Pronon, programa federal de apoio à atenção oncológica, para criar um vetor viral totalmente brasileiro para uso em CAR-T contra mieloma múltiplo. Produzido em padrão GMP, requisito para aplicações em humanos, esse vetor abre caminho para uma futura geração de terapias fabricadas integralmente no país. Sobre uma eventual chegada da CAR-T ao SUS, o Ministério da Saúde informa ao g1 que esse processo ainda não tem previsão. "Qualquer incorporação depende primeiro do registro do produto na Anvisa e, depois, de análise da Conitec, que avalia eficácia, segurança e custo-efetividade antes de aprovar novas tecnologias para o sistema público", diz a Pasta, em nota.

Palavras-chave: tecnologia

Câmara dos Deputados rejeita cassação do mandato de Carla Zambelli por condenação pelo STF

Publicado em: 11/12/2025 00:45

CCJ da Câmara aprova cassação de Carla Zambelli; entenda bastidores e próximos passos O plenário da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (10) rejeitar a cassação do mandato parlamentar de Carla Zambelli (PL-SP). Foram 227 votos a favor e 170 contrários – seriam necessários 257 votos para a cassação. A cassação seria uma consequência da condenação da deputada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter comandado uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A sentença, de 10 anos de prisão, se tornou definitiva e sem possibilidade de recurso em junho. Os deputados entenderam, no entanto, que a deputada poderia permanecer no cargo. A situação se assemelha à ocorrida com o ex-deputado federal Natan Donadon, em 2013, que foi condenado pelo STF mas teve o mandato preservado pelos colegas da Câmara. (entenda mais abaixo) Presa na Itália, Carla Zambelli participa remotamente de reunião da CCJ da Câmara que discute a sua cassação Kevin Lima/g1 O resultado contrariou a recomendação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que aprovou por 32 votos a 2 a recomendação de perda do mandato. Condenação por invasão de sistemas do CNJ A condenação de Zambelli pela Primeira Turma do STF se deu por unanimidade em maio. Os ministros acataram os argumentos da Procuradoria-Geral da República (PGR) de que Zambelli atuou em parceria com o hacker Walter Delgatti Neto para inserir documentos falsos na base de dados do CNJ – incluindo um suposto mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. A deputada Carla Zambelli postou foto de encontro com Walter Delgatti Reprodução/Twitter Segundo a PGR, a intenção era "colocar em dúvida a legitimidade da Justiça" e fomentar manifestações contra as instituições republicanas. Em junho, a decisão foi mantida pela Primeira Turma – também por unanimidade – ao analisar os recursos apresentados pela parlamentar. Além da prisão, o STF também determinou a perda imediata do mandato de Zambelli. A Constituição prevê a cassação de parlamentares condenados criminalmente e sem possibilidade de recurso. A parlamentar fugiu para a Itália. Dias depois de ser considerada fugitiva e procurada pela Interpol, Zambelli foi presa nos arredores de Roma. O governo brasileiro pediu a extradição da deputada, que ainda não foi analisada pela justiça italiana. Impasse Câmara x STF A decisão dos deputados cria um impasse que envolve a interpretação da Constituição. Por isso, o tema pode voltar a ser discutido pelo STF. Esse debate pode ocorrer, por exemplo, a partir de uma ação que questione a validade do procedimento adotado pela Câmara ou por meio de pedidos feitos no próprio processo penal contra Carla Zambelli. A situação de aproxima do precedente criado pelo processo contra o então deputado federal Natan Donadon em 2013. À época, a evolução do tema no Congresso levantou a discussão sobre a perda de mandato de parlamentar alvo de processo penal. Na ocasião, a Câmara também levou à deliberação do plenário a situação de Donadon, que teve o mandato preservado pelos colegas. O então deputado federal Natan Donadon em discurso na Câmara dos Deputados, em 2013 EBC O tema, então, foi novamente parar no Supremo: um mandado de segurança do deputado Carlos Sampaio (PSD-SP) questionou a validade do processo legislativo adotado pelos parlamentares. Relator do caso, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu a decisão da Câmara. Posteriormente, a Casa cassou o mandato de Donadon, mas por outro caminho: a partir de um procedimento aberto no Conselho de Ética. Em 2019, a pena de Donadon foi extinta por um indulto natalino do ex-presidente Michel Temer Entenda o que diz a Constituição A Constituição prevê um conjunto de situações em que um parlamentar pode perder o mandato. Entre elas, destacam-se duas situações: ▶️quando o político falta a mais de um terço das sessões da Casa Legislativa. Neste caso, a perda é automática, declarada pelo comando da Câmara ou do Senado. ▶️ quando o político é alvo de condenação criminal definitiva. Neste caso, a perda do mandato é decidida pela Câmara ou o Senado, por maioria absoluta. Quando decidiu pela condenação de Zambelli, a Primeira Turma do STF determinou a perda de mandato de forma automática, ou seja, com uma declaração da Mesa da Câmara. 🔎Por que o colegiado do Supremo segue esta linha? A interpretação envolve o excesso de faltas. A deputada foi condenada a uma pena superior a 120 dias, em regime fechado, a ser cumprido na prisão. Ou seja, ela fica impedida de exercer suas atividades e, inevitavelmente, vai ultrapassar o limite de ausências. Por isso, a Turma entende que a perda de mandato é automática, adotando-se o procedimento da primeira situação. 🔎Qual a posição seguida pela Câmara? Os deputados deram um tratamento diferente ao tema. Seguiram a segunda situação, aplicando a perda de mandato para parlamentar que sofre condenação penal. Ou seja, consideraram que é cabível uma análise do caso pelo plenário da Câmara, rebatendo a tese de que a perda seria automática.

Palavras-chave: hacker

DAX inova com louças que elevam banheiros

Publicado em: 11/12/2025 00:02

A transformação dos ambientes começa nos detalhes e a DAX, marca exclusiva de Louças e Metais da Vilarejo, tem se destacado ao trazer soluções que unem design, tecnologia e funcionalidade para banheiros e também para cozinhas. Com produtos pensados para a rotina real, a marca vem ampliando seu portfólio e elevando a experiência de quem busca renovar a casa com praticidade e sofisticação. Venha viver a experiência DAX Acervo Vilarejo Com um olhar atento ao detalhe e à usabilidade, a DAX traz louças e metais que facilitam o dia a dia sem abrir mão da beleza. Entre os destaques estão as cubas de apoio de cerâmica de alta resistência, disponíveis em formatos versáteis que se adaptam do lavabo compacto às suítes amplas. A precisão no acabamento e a paleta neutra reforçam o estilo minimalista que vem ganhando força na arquitetura contemporânea. Cada detalhe inspira bem-estar e estilo de vida Acervo Vilarejo A cozinha, por sua vez, ganha destaque com as cubas em aço da DAX, projetadas para quem precisa de eficiência sem perder o cuidado visual. Modelos amplos, acessórios integrados e profundidade estratégica tornam a rotina mais prática, seja para quem cozinha todos os dias ou para quem utiliza o espaço como ponto de encontro da família. O acabamento moderno e o design intuitivo mostram como a marca entende o papel da cozinha como o coração da casa. Nos metais, a DAX completa o conjunto com torneiras, monocomandos e misturadores que combinam economia de água, ergonomia e mecanismos inteligentes. O funcionamento suave e o design contemporâneo ajudam a criar ambientes harmônicos e funcionais, alinhados às tendências internacionais que valorizam sustentabilidade, tecnologia e conforto. Design, inovação e exclusividade Acervo Vilarejo Com estoque garantido e 10 anos de garantia nos metais, a DAX oferece variedade e pronta entrega em todas as lojas. A marca reforça seu compromisso com quem busca renovar espaços com qualidade sem complicações. Mais que produtos, a DAX entrega soluções completas para transformar banheiros e cozinhas em espaços mais bonitos, práticos e cheios de vida todos os dias. Visite uma das lojas em Araruama, Maricá, Cabo Frio, Búzios, Rio das Ostras, Macaé, Campos dos Goytacazes, Niterói ou no CasaShopping – RJ.

Palavras-chave: tecnologia

Telebras abre inscrições para concurso com salários de até R$ 11,6 mil; veja como participar

Publicado em: 11/12/2025 00:01

Telebras abre inscrições para concurso As inscrições para o novo concurso público da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras) começam nesta quinta-feira (11), às 10h. Estão sendo ofertadas 930 vagas de nível superior, com remuneração inicial de até R$ 11.680,78. As oportunidades são para o cargo de Especialista em Gestão de Telecomunicações, com jornada de trabalho de 40 horas semanais. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. Os interessados devem acessar o site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), a banca organizadora do processo seletivo. Os participantes terão até as 18h do dia 02 de janeiro para se inscrever. ➡️ VEJA O EDITAL COMPLETO As oportunidades estão dividas entre diversas especialidades, como Advogado, Estatística, Finanças, Marketing, Psicologia, Contador, Administrativo, Auditoria, Comercial, entre outros (veja distribuição abaixo). As vagas do concurso são distribuídas por cargo, especialidade e localidade, com oportunidades concentradas principalmente em Brasília (DF) e, para alguns cargos, também no Rio de Janeiro (RJ). O edital prevê tanto vagas imediatas quanto a formação de cadastro de reserva, com um limite máximo de aprovados definido para cada função. Abaixo, confira a distribuição das vagas e localidades: Do total de oportunidade, 5% são reservadas para pessoas com deficiência (PcD). Já 30% das oportunidades são destinadas a candidatos negros (pretos ou pardos), indígenas e quilombolas. Dentro desse recorte: 25% para candidatos negros (pretos ou pardos); 3% para candidatos indígenas; 2% para candidatos quilombolas. Os candidatos concorrem exclusivamente às vagas da localidade escolhida no momento da inscrição, tanto para contratação imediata quanto para cadastro de reserva. O edital também prevê que, caso o cadastro de reserva de uma localidade se esgote, a Telebras poderá convocar candidatos aprovados para o mesmo cargo em outra cidade, respeitada a ordem de classificação. Os interessados em participar do concuso devem pagar uma taxa de inscrição é de R$ 130, em ambos os cargos. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde e inscritos no CadÚnico podem solicitar isenção da taxa. O processo seletido da Telebras será composto por provas objetivas, discursivas e avaliação de títulos — o que significa que candidatos com especializações ou experiência poderão somar pontos adicionais. As provas objetivas e discursiva do concurso estão previstas para serem aplicadas em 8 de fevereiro de 2026, no turno da tarde. Os locais de aplicação variam de acordo com o cargo e a especialidade escolhidos pelo candidato. As avaliações serão realizadas em Brasília (DF) e no Rio de Janeiro (RJ) para os seguintes cargos: Especialista em Gestão de Telecomunicações – Analista de Tecnologia da Informação (cargo 2); Especialista em Gestão de Telecomunicações – Engenheiro – subatividade Engenheiro de Redes (cargo 13); e Especialista em Gestão de Telecomunicações – Engenheiro – subatividade Engenheiro de Telecomunicações (cargo 15). Para os demais cargos previstos no edital, as provas objetiva e discursiva serão aplicadas exclusivamente em Brasília (DF). Os endereços e horários de cada candidato serão divulgados, por meio do cartão de confirmação de inscrição, no dia 27 de janeiro no site da Cebraspe. É de responsabilidade do candidato identificar o local de prova e comparecer no horário determinado. O edital também prevê que as avaliações poderão ser realizadas em outras localidades, caso não haja disponibilidade de locais suficientes ou adequados nas cidades inicialmente previstas. A prova objetiva contará com 120 questões do tipo certo ou errado, no modelo Cebraspe, sendo 50 de conhecimentos básicos e 70 de conhecimentos específicos. Cada acerto vale 1 ponto, e cada erro resulta na perda de 1 ponto. Para não ser eliminado, o candidato deve alcançar 10 pontos em conhecimentos básicos, 21 em específicos e 36 pontos no total. A prova discursiva valerá 30 pontos e consistirá em um texto dissertativo de até 30 linhas, sobre tema relacionado à especialidade do cargo. Será eliminado quem obtiver nota inferior a 15 pontos. O concurso terá validade de dois anos, contados a partir da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado uma única vez por igual período, a critério da empresa. O último processo seletivo da empresa foi realizado em 2021, quando foram ofertadas 1.181 vagas em cargos de nível médio e superior, com salários de até R$ 8,7 mil. 🗓️ Cronograma Inscrições: 11 de dezembro de 2025 a 2 de janeiro de 2026 Pedido de isenção da taxa: 11 a 14 de dezembro de 2025 Pagamento da taxa de inscrição: até 6 de janeiro de 2026 Divulgação dos locais de prova: 27 de janeiro de 2026 Aplicação das provas objetiva e discursiva: 8 de fevereiro de 2026 Consulta aos gabaritos preliminares: 10 a 12 de fevereiro de 2026 Recursos contra gabaritos e padrão da discursiva: 11 e 12 de fevereiro de 2026 Resultado final da prova objetiva: 11 de março de 2026 Convocações e análise de cotas (PcD, negros, indígenas e quilombolas): 31 de março de 2026 Resultado preliminar da prova discursiva e heteroidentificação: 7 de maio de 2026 Telebras abre inscrições para concurso com 930 vagas e salários de até R$ 11,6 mil Divulgação Veja dicas de como estudar para concurso: Veja dicas de como fazer uma boa redação para concurso Como estudar legislação para concurso?

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Proibição das redes sociais para menores de 16 anos na Austrália pode deixar crianças isoladas?

Publicado em: 11/12/2025 00:01

Austrália começa a proibir redes sociais para menores de 16 anos na quarta-feira (9) À meia-noite de quarta-feira (10/12, no horário local), australianos com menos de 16 anos passaram a ser bloqueados da maioria das redes sociais, com a implementação de uma proibição inédita no mundo. Apesar de se oporem ao plano, plataformas como Facebook, Instagram, Snapchat, TikTok, X, YouTube e Reddit terão que contar com restrição de idade, em uma lista que será constantemente atualizada. Jogos online e aplicativos de mensagens como o WhatsApp permanecem por enquanto sem restrições. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 'Vejo você em 4 anos': adolescentes na Austrália se despedem das redes O governo da Austrália acredita que as próprias empresas por trás das redes sociais fiscalizarão a nova lei, afirmando que elas devem tomar "medidas razoáveis" para evitar violações, com punições de até 49,5 milhões de dólares australianos (R$ 178 milhões) para reincidências. Crianças ou pais não serão punidos caso violem a lei. Os diversos meios através dos quais o acesso dos menores de 16 anos às plataformas serão bloqueados das plataformas incluirão a exigência de que os usuários forneçam às empresas documentos de identidade emitidos pelo governo, reconhecimento facial ou de voz, ou outras formas de identificação digital para comprovar a idade quando solicitados. O gabinete do Comissário de Segurança Eletrônica da Austrália afirma que a proibição protegerá os jovens "das pressões e riscos aos quais os usuários podem estar expostos enquanto conectados às suas contas de redes sociais". O primeiro-ministro Anthony Albanese chamou as redes sociais de "flagelo" e disse: "Quero que as pessoas passem mais tempo no campo de futebol ou na quadra de netball [esporte semelhante ao basquetebol bastante popular na Austrália] do que em seus celulares". As pesquisas vêm mostrando consistentemente um apoio esmagador dos adultos à proibição, mas a situação é diferente para as crianças diretamente atingidas. LEIA TAMBÉM: 'Vejo você em 4 anos': adolescentes na Austrália se despedem das redes antes de proibição Como a Austrália pretende impedir que menores de 16 anos acessem as redes sociais O que países estão fazendo para regular o acesso de crianças às redes sociais Adolescentes contestam proibição na Justiça Apoiada Projeto de Defesa Digital, um grupo em prol dos direitos digitais, Macy Newland decidiu contestar a lei na Suprema Corte da Austrália juntamente com o também adolescente Noah Jones, alegando fundamentos constitucionais. Ela disse à DW que a maioria de seus colegas era contra a proibição. Eles expressam preocupações em relação à falta de consulta aos jovens e à perda de direitos e acesso à informação. "A proibição impede que os jovens participem plenamente da democracia e do debate público antes dos 16 anos, o que é errado. Não se pode capacitar os jovens a participar do debate público e da democracia ao lhes removendo a capacidade de participar plenamente", disse a jovem. "Acredito firmemente que existem problemas com as redes sociais, assim como os jogos e o tempo de tela em geral. Mas não há como voltar atrás ou negar que vivemos em uma sociedade onde os avanços tecnológicos estão se acelerando, e a comunicação online faz parte do nosso dia a dia." Jovem usa o celular em Sidney, na Austrália; país aprovou lei que proíbe acesso de menores de 16 anos às redes sociais Hollie Adams/Reuters Newland acredita que a maioria dos adolescentes tentará encontrar maneiras de burlar a lei. De fato, uma pesquisa realizada pela emissora nacional ABC com mais de 17.000 adolescentes australianos revelou que 75% tentarão evitar a proibição, enquanto apenas 9% acham que é uma boa ideia e 6% acreditam que funcionará. Embora haja uma aceitação geral de que o acesso irrestrito às redes sociais pode ser perigoso tanto para crianças quanto para adultos, a maioria das organizações de direitos humanos e de defesa dos direitos da criança acredita que a nova lei não aborda essas questões. Solução 'generalizada' aliena crianças O braço australiano do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) avalia que "as mudanças propostas não resolverão os problemas que os jovens enfrentam online", enquanto a Comissão Australiana de Direitos Humanos diz que a proibição "generalizada" provavelmente também terá "impactos negativos nos direitos humanos de crianças e jovens". Essa também foi a conclusão de Kim Osman, pesquisadora do Centro de Pesquisa de Mídia Digital da Universidade de Tecnologia de Queensland. Após conversar com 86 pessoas entre 12 e 15 anos sobre a proibição, ela também constatou que os jovens se sentiam ignorados e frustrados. "Os jovens nos disseram que sentem que suas experiências digitais estão sendo homogeneizadas pelos adultos e que as diferentes maneiras como usam as redes sociais não estão sendo refletidas no debate nacional", disse Osman à DW. "Eles também sentem que o uso do telefone celular é frequentemente confundido com o uso das redes sociais, quando, na verdade, elas são apenas uma parte de suas vidas digitais." Ao longo de sua pesquisa, Osman e seus colegas também descobriram que os adolescentes estão cientes dos perigos das redes sociais e almejam melhores soluções de proteção, incluindo uma melhor filtragem de conteúdo. A pesquisadora notou ainda uma forte sensação entre os jovens de que as mudanças na lei levariam a uma "perda de comunidade", particularmente àqueles que "encontraram importantes fontes de apoio nas redes sociais. Isso é particularmente verdadeiro para os jovens LGBTQAI+ e neurodivergentes com quem conversamos." Crianças com deficiência se sentem isoladas Isso soa familiar para Jennifer Crowther. Sua filha, Lily, de 12 anos, tem paralisia cerebral, autismo e outras deficiências que dificultam a socialização. Conversar é mais fácil com o tempo proporcionado pelas mensagens nas redes sociais e outros aplicativos de mensagens. Enquanto Jennifer gerencia o acesso de Lily às redes, sua filha encontrou uma comunidade online de entusiastas da escrita depois de ter uma história sua publicada e – embora Jennifer reconheça os perigos das redes sociais – ambas se sentem frustradas com a perda de conexão que lhes foi imposta a partir desta quarta-feira. "Para crianças com deficiência ou outros grupos marginalizados, [as redes sociais] podem ser o único caminho para encontrar outras pessoas como elas", disse Jennifer à DW. "É um grupo tão pequeno de pessoas, então como elas podem encontrar umas às outras? Isso é particularmente verdade se elas estão isoladas por causa de suas ansiedades ou pela frequência com que precisam ir a consultas, serem hospitalizadas ou qualquer que seja a situação." Os escritos de Lily a ajudaram a começar a encontrar uma comunidade por meio de uma página do Facebook administrada por sua mãe. Embora a menina de 12 anos agora participe de eventos presenciais com pessoas que pensam como ela, a preocupação é que seus meios de manter esses relacionamentos emergentes e compartilhar seu trabalho estejam sendo prejudicados. "A peça que falta é essa conexão contínua, que poderia acontecer por meio das redes sociais", explicou Jennifer. "Lily conheceu alguns outros jovens com quem ela quer continuar se conectando, mas eles moram em diferentes partes do estado ou no exterior, então isso foi tirado dela." Adolescentes e pais também expressaram preocupação com o fato de que as crianças perderão o acesso a grupos de redes sociais para interesses e hobbies mais específicos e às comunidades que esses grupos criam. É provável que isso seja sentido com particular intensidade na Austrália rural, onde as populações são esparsas e, consequentemente, as conexões na vida real são difíceis de organizar. A ministra das Comunicações da Austrália, Anika Wells, admitiu que a proibição será "desajeitada" e "desorganizada" em seus estágios iniciais. Dada a sua natureza pioneira, isso talvez seja de se esperar. Mas, para muitas crianças e adolescentes australianos, as frustrações com a proibição vão muito além disso. Saiba como ativar proteção para controlar tempo e atividade de crianças no celular

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Câmara de SP aprova, em 1° turno, projeto que cria 15 cargos na Casa com impacto de quase R$ 3,2 milhões em 2026 e 2027

Publicado em: 11/12/2025 00:00

Plenário da Câmara Municipal de São Paulo Douglas Ferreira/ Rede Câmara SP A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (10), em primeiro turno, o projeto de lei que cria 15 cargos concursados na Casa a partir de 2026. O projeto foi aprovado de forma unânime, em votação simbólica, onde os 55 vereadores não precisam registrar o voto no painel eletrônico. Os cargos são de assistente social e procurador, entre outras, e fazem parte das recém-criadas Procuradorias da Mulher e da Criança e do Adolescente, dentro do próprio Legislativo. Eles terão como objetivo prestar assessoria técnica às Procuradorias Especiais, inclusive com levantamento, acompanhamento e subsídios relacionados às respectivas áreas de atuação. Além disso, irão apoiar o planejamento, a execução de programas, as campanhas e as ações institucionais. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Segundo informações da Câmara, a equipe irá orientar o público sobre o funcionamento de políticas públicas e encaminhar demandas aos órgãos e à rede de proteção. Irá também apoiar a articulação interinstitucional com órgãos do poder público e entidades da sociedade civil. Segundo a Mesa Diretora da Casa, todos os cargos são de provimento efetivo, ou seja, deverão ser preenchidos por meio de concurso público. Os vereadores alegam que, para os exercícios de 2026 e 2027, o impacto orçamentário decorrente da aprovação do PL é de 0,003% da Receita Corrente Líquida do Município. Pelos cálculos feitos pela equipe de reportagem, usando como base a receita líquida estimada para 2026, de R$ 106,1 bilhões, segundo a proposta orçamentária da própria prefeitura em discussão na Câmara, esse impacto deve ser de pelo menos R$ 3,2 milhões nas contas da Casa.

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Brasil também terá regras sobre uso de redes sociais por crianças e adolescentes; veja o que muda e quando

Publicado em: 11/12/2025 00:00

Entenda nova regra que exige confirmação de idade de usuários por sites e aplicativos A Austrália começou a proibir o uso de redes sociais por menores de 16 anos. No Brasil, plataformas deverão seguir, a partir de março de 2026, exigências de uma nova lei de proteção online de crianças e adolescentes na internet. Ainda é preciso definir detalhes, mas já se sabe que, por aqui, não haverá proibição ao uso de redes sociais por menores de 16 anos. Além disso, lojas de aplicativos e plataformas serão responsáveis pela segurança de jovens na internet. As novas regras determinam que plataformas, incluindo redes sociais, deverão: 🔞 verificar a idade dos usuários, sem aceitar autodeclaração, se puderem ter algum conteúdo impróprio para menores de 16 anos; 👪 vincular contas de menores de 16 anos aos perfis de seus responsáveis. Essas medidas estão previstas no Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (ECA Digital), que virou lei em setembro. Ele também ficou conhecido como Lei Felca porque a aprovação aconteceu depois da publicação de vídeo viral que tratou da adultização. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça 'Vejo você em 4 anos': adolescentes na Austrália se despedem das redes antes de proibição O que países estão fazendo para regular o acesso de crianças às redes sociais Monetização, exploração de menores e pedofilia: entenda denúncias feitas por Felca O ECA Digital obriga redes sociais a adotarem medidas razoáveis para prevenir o acesso de crianças e adolescentes a conteúdo prejudicial, incluindo exploração sexual, violência, danos à saúde mental, pornografia e a promoção de bebidas alcoólicas, tabaco e jogos de azar. Como a autodeclaração de idade está proibida, será o fim dos de bloqueios que podem ser burlados simplesmente ao clicar em "Sim, tenho mais de 18 anos". Essa regra já existe no Reino Unido, onde o site de conteúdo adulto Pornhub perdeu 47% da audiência após melhorar a verificação de idade. A verificação será regulamentada pelo Ministério da Justiça e deverá considerar o risco. Quanto mais prejudicial uma atividade pode ser para um usuário menor de idade, mais rígida será a verificação. Em vez da autodeclaração, as plataformas têm métodos de verificação alternativos, incluindo: 👨‍💻 análise de comportamento, que faz estimativa de faixa etária com base na navegação do usuário; 🤳 envio de selfie, que chega à idade aproximada a partir de técnicas de reconhecimento facial; 🪪 envio de documentação, que registra a idade exata a partir da foto do CPF, por exemplo. Plataformas que não demonstrarem estar agindo para proteger crianças e adolescentes poderão ser punidas com advertência, multa de até 10% do faturamento ou R$ 50 milhões por infração, suspensão ou proibição no Brasil. LEIA TAMBÉM: Como a Austrália pretende impedir que menores de 16 anos acessem as redes sociais #casadaaos14: vídeos no TikTok expõem vida conjugal de meninas Por que redes sociais têm tantos casos de exposição de crianças mesmo com sistemas de detecção Vai ter verificação para tudo? A verificação de idade será obrigatória para atividades que oferecem risco. Esta é a medida de maior impacto do ECA Digital na avaliação de Ricardo de Lins e Horta, diretor de Segurança e Prevenção de Riscos no Ambiente Digital do Ministério da Justiça e Segurança Pública. "Para saber quem é criança e adolescente usando o serviço digital, todo mundo tem que fazer aferição de idade, inclusive as pessoas adultas", disse Lins e Horta. "Para ficar bem claro, boa parte da internet não requer aferição de idade. Ninguém está estudando a possibilidade de fazer aferição de idade para acessar a Wikipédia ou um site de notícias", afirmou. A vinculação com as contas dos pais será obrigatória para todos os menores de 16 anos. "Não se trata de proibir uma rede social com classificação indicativa para 14 anos, mas de pedir autorização parental", explicou Lins e Horta. Austrália começa a proibir redes sociais para menores de 16 anos na quarta-feira (9) Quem deve fazer a verificação de idade? Lojas de aplicativos, como Google Play Store e App Store, e sistemas operacionais, como Windows, Android e iOS, serão responsáveis por fazer a verificação de idade. Mas aplicativos também deverão garantir a proteção de crianças e adolescentes. "O ECA Digital deixou claro que, quando falamos de conteúdos e produtos impróprios ou inadequados para a idade, também deve haver a aferição no ponto do risco", explicou Lins e Horta. Isso significa que uma plataforma aberta a todos poderá fazer a verificação quando você acessar um recurso impróprio para crianças, por exemplo. A aplicação da lei será monitorada pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que fez um levantamento sobre diferentes ferramentas de verificação de idade na internet, como a inferência a partir do tipo de conteúdo acessado e a análise de documentos. "Existe um debate entre as autoridades de proteção de dados para avaliar qual é o mecanismo mais adequado à luz do contexto em que aquele dado vai ser coletado e tratado", disse Miriam Wimmer, integrante do Conselho Diretor da ANPD. "A identificação da melhor estratégia vai depender também do tipo de atividade. Então, o mecanismo de verificação de idade em um site de pornografia vai ser diferente daquele de um site do governo federal, por exemplo". Criança no celular Canva Como será o tratamento de dados? A lei determina que a verificação de idade deverá garantir a privacidade dos usuários, destacou Luiz Felipe Monteiro, vice-presidente de Relações Institucionais da Unico, que oferece soluções de verificação de identidade. "É essencial saber exatamente a data de nascimento? Em alguns casos, sim, em outros não. Por exemplo, plataformas de conteúdo adulto, bets, encontros, delivery de bebida alcoólica precisam [apenas] confirmar que a pessoa é maior de idade", afirmou. Essa abordagem faz parte do conceito chamado de Prova de Conhecimento Zero (Zero-Knowledge Proof). Em vez de saber o dia em que a pessoa nasceu, a plataforma receberia apenas um "sim" ou "não" para indicar se ela tem mais de 18 anos, por exemplo. "Muitas dessas confirmações serão silenciosas, feitas com base em inferência de idade. Mas, por conta de a margem de erro ser alta, uma parte vai passar por soluções com algum passo a partir do usuário". "Estamos sempre tratando de três elementos. Qual é o nível de risco e precisão que precisa ser atendido? Qual é o nível de experiência que pretende ser apresentado? Quanto está sendo exigido de dados do usuário para tomar a decisão de idade?", completou Monteiro. A Lei Geral de Proteção de Dados exige que o tratamento de informações de crianças e adolescentes atenda ao princípio do melhor interesse, lembrou Maria Mello, coordenadora do Instituto Alana. "Nada que configurar uso que vá contra esse melhor interesse pode estar envolvido numa solução de garantia etária. Senão, a gente corre o risco de, em vez de proteger essas crianças, fazer com que elas sejam objeto de exploração comercial, por exemplo", afirmou. O que mais diz o ECA Digital? Além da verificação de idade e da vinculação de contas, o ECA Digital também: 🎮 proíbe caixas de recompensas (loot boxes) em jogos direcionados ou com acesso provável por crianças e adolescentes; 📢 proíbe classificar crianças e adolescentes em grupos para direcionar publicidade a eles; 💵 proíbe a monetização e o impulsionamento de conteúdos que retratem crianças e adolescentes de forma erotizada ou sexualmente sugestiva; 🔎 exige que plataformas tenham ferramentas acessíveis que permitam a supervisão da atividade de crianças e adolescentes e tenham, por padrão, níveis mais altos de proteção; ⚠️ obriga plataformas a remover e comunicar para autoridades casos de conteúdos de aparente exploração ou abuso sexual, sequestro e aliciamento, além de manter dados para apoiar a investigação; 📈 exige que plataformas com mais de 1 milhão de usuários publiquem relatórios semestrais de transparência para detalhar números de denúncias recebidas e de casos moderação de conteúdo, por exemplo. Verificação sozinha não resolve A criação do ECA Digital traz melhorias, mas elas não funcionam de forma isolada, avaliou Maria Mello, do Instituto Alana. "O mecanismo de aferição de idade é um ponto importante, mas sozinho não vai funcionar", afirmou. "Precisa estar articulado com outras iniciativas de proteção que estão na lei e que pensam nessa proteção de uma maneira muito integral". "É preciso olhar para tudo que está previsto também em relação à educação midiática na lei para que você tenha uma ampliação do pensamento crítico, da autonomia dos usuários". A lei determina, por exemplo, que os controles de supervisão parental nas redes sociais devem garantir a promoção de educação digital que trate do uso seguro de produtos ou serviços de tecnologia da informação. Lins e Horta, diretor do Ministério da Justiça, disse que o objetivo de regras como a verificação de idade é empoderar famílias e envolvê-las em um debate sobre proteção de jovens na internet. "Se, no momento de baixar um aplicativo no celular de uma criança ou um adolescente que não tem idade, eu chamar os pais e as mães para os controles parentais, isso já vai ser um impacto altamente benéfico", afirmou. Saiba como ativar proteção para controlar tempo e atividade de crianças no celular

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Com Flamengo na semifinal do Intercontinental, Arrascaeta dedica os dois gols ao filho recém-nascido

Publicado em: 10/12/2025 21:30

Arrascaeta dedica gols à esposa e ao filho recém-nascido, e Flamengo avança no Intercontinental O Flamengo estreou com vitória na Copa Intercontinental. Estádio de Copa. Protocolo de Copa. A entrada em campo, os times lado a lado. Se faltou um grande público - pouco mais de 7 mil torcedores -, sobrava vontade de ir adiante em um torneio que prevê três finais seguidas. A primeira delas teve o campeão da Libertadores contra o campeão das Américas Central e do Norte. E o primeiro tempo foi equilibrado. Foram muitos passes errados. Em um deles, Arrascaeta ganhou um presente de Piovi, driblou o goleiro Gudiño e abriu o placar para o Flamengo. Em outro erro de saída de bola, do Flamengo, o que era para ser um chutão para frente virou passe de Carrascal para um lindo gol de Sánchez. Com passe de Cebolinha, Arrascaeta tentou duas vezes para desempatar. Se a bola entrou? A tecnologia da linha do gol tirou a dúvida. Câmeras espalhadas pelo estádio verificaram que a bola entrou por completo. O relógio do árbitro sueco Glenn Nyberg mostrou a confirmação. Era a hora de comemorar o 25º gol do camisa 10 em 2025. Os dois desta quarta-feira (10) dedicados ao filho Milano, recém-nascido. “Esses gols são para eles, para minha esposa e para Milano. Tenho certeza que os dois estão felizes lá em casa”, diz Arrascaeta. Com Flamengo na semifinal do Intercontinental, Arrascaeta dedica os dois gols ao filho recém-nascido Jornal Nacional/ Reprodução A vitória valeu até taça, o Derby das Américas. Mas é claro que o mais importante foi a passagem para disputar outros troféus. Entre eles, o principal. Sábado (13), contra o Pyramids, do Egito, a Copa Challenger, que funciona como uma semifinal. A grande decisão, no dia 17, já tem o Paris Saint-Germain classificado, esperando. “Não temos dúvida de que para ser semifinalista do campeonato Intercontinental, é uma equipe muito forte”, afirma o técnico do Flamengo, Filipe Luís.

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Orçamento de R$ 11,7 bilhões para 2026 é aprovado em definitivo pela Câmara de Campinas

Publicado em: 10/12/2025 20:54

Orçamento de R$ 11,7 bilhões é votado em definitivo na Câmara de Campinas Os vereadores de Campinas (SP) aprovaram na noite desta quarta-feira (10), em definitivo, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2026. O texto que recebeu seis votos contrários prevê R$ 11,7 bilhões de investimentos nas administrações direta e indireta, valor 8,5% maior que o orçamento em vigor neste ano. Com a aprovação em segunda votação, o projeto de lei segue para promulgação do prefeito. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Além da votação do orçamento, os vereadores também analisaram e aprovaram, em 1ª discussão, o Projeto de Lei Complementar nº 136/25, que cria a previsão orçamentária de três cargos dos servidores da Câmara - clique aqui para conferir mais detalhes. Orçamento 2026 Pelo projeto, educação e saúde concentram os maiores investimentos do orçamento de 2026, enquanto cultura e habitação tiveram queda em relação ao orçamento em vigor. A Secretaria de Educação, que compreende a pasta (R$ 2.378.613.726,00) e a Fundação Municipal para Educação Comunitária - Fumec (R$ 270.691.681,00), é a que vai receber a maior fatia dos recursos, com R$ 2.649.305.407,00. Já a Secretaria de Saúde, que reúne o Fundo Municipal de Saúde e a Rede Mário Gatti, responsável pela gestão dos hospitais municipais e unidades de pronto atendimento, tem previsto o recebimento de R$ 2.365.737.176,00. Entre os órgãos de governo, que inclui secretarias e autarquias, quatro apresentaram redução nos valores previstos em relação à LOA 2025: os encargos gerais do município, e os orçamentos das pastas de Cultura e Turismo, Justiça e Habitação. Cultura, por exemplo, teve uma redução de R$ 109 milhões aprovados para 2025, para uma previsão de R$ 101,2 milhões. No caso da Habitação, os R$ 54,3 milhões do projeto atual ficam abaixo dos R$ 64,8 milhões aprovados no PLOA 2025 Imagem aérea de Campinas (SP) Reprodução/EPTV Divisão por pasta Áreas com seta para baixo (🔻) estão com previsão orçamentária para 2026 menor se comparado à lei orçamentária de 2025. Com a seta para cima (🔼) tiveram orçamento maior. Em 2025, o orçamento aprovado de Campinas foi de R$ 10,8 bilhões. Educação (secretaria + Fumec): R$ 2,6 bilhões 🔼 Saúde (secretaria + Rede Mário Gatti): R$ 2,3 bilhões 🔼 Camprev (previdência dos servidores): R$ 1,9 bilhão 🔼 Encargos gerais do município: R$ 1,3 bilhão 🔻 Secretaria de Serviços Públicos: R$ 813 milhões 🔼 Secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social: R$ 417,6 milhões 🔼 Secretaria de Transportes: R$ 334,4 milhões 🔼 Secretaria de Infraestrutura: R$ 386,1 milhões 🔼 Câmara Municipal: R$ 256 milhões 🔼 Secretaria de Segurança Pública: R$ 179,9 milhões 🔼 Secretaria de Finanças: R$ 172,6 milhões 🔼 Secretaria de Cultura e Turismo: R$ 101,2 milhões 🔻 Secretaria de Justiça: R$ 83 milhões🔻 Gabinete do prefeito: R$ 90,2 milhões 🔼 Setec: R$ 73,4 milhões 🔼 Secretaria de Gestão de Pessoas: R$ 82,6 milhões 🔼 Planejamento + Urbanismo: R$ 72,4 milhões 🔼 Secretaria de Habitação: R$ 54,3 milhões 🔻 Secretaria de Esporte e Lazer: R$ 77,3 milhões 🔼 Secretaria de Administração: R$ 45,8 milhões 🔼 Secretaria de Comunicação: R$ 45,6 milhões 🔼 Secretaria do Clima, Meio Ambiente e Sustentabilidade: R$ 36,8 milhões 🔼 Secretaria de Trabalho: R$ 17,4 milhões 🔼 Secretaria de Desenvolvimento Econômico: R$ 14,2 milhões 🔼 Secretaria de Gestão e Controle: R$ 10,1 milhões 🔼 Fundação da Mata de Santa Genebra: R$ 8 milhões 🔼 Gabinete do ouvidoria-geral: R$ 3,1 milhões 🔼 Secretaria Municipal de Política para as Mulheres: R$ 10,4 milhões (criada em 2025) Pela proposta, os vereadores ainda terão R$ 113,8 milhões das emendas impositivas - serão R$ 3,4 milhões para cada. Novas remunerações Os vereadores aprovaram em 1ª discussão o Projeto de Lei Complementar nº 136/25, que altera dispositivos das leis que tratam da remuneração dos servidores da Câmara. O texto cria a previsão orçamentária de remuneração em três cargos no Legislativo, conforme a tabela abaixo: Remunerações previstas no Projeto de Lei Complementar nº 136/2025 Foram 28 votos favoráveis e dois contrários. Agora, o texto depende de nova aprovação em Plenário para seguir para sanção do prefeito. Vereadores de Campinas (SP) durante votação do orçamento 2026 em reunião na noite desta segunda-feira (24) Câmara Municipal de Campinas VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas

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Câmara de Fortaleza aprova regulamentação de mototaxistas de app e desconto de 50% no IPVA

Publicado em: 10/12/2025 20:31

Desconto de 50% no IPVA pra motociclistas por APP Os vereadores de Fortaleza aprovaram, nesta terça-feira (9), projetos que regulamentam o serviço de transporte de passageiros por motocicletas e de entrega de mercadorias intermediados por aplicativos. Também foi criado um programa municipal que concede 50% de subsídio no IPVA para profissionais do setor. As propostas são de autoria do Executivo da capital cearense. No dia 2 de dezembro, a Prefeitura enviou à Câmara Municipal os dois projetos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp O objetivo é garantir segurança jurídica aos profissionais. A regulamentação aprovada define regras municipais para o transporte remunerado privado individual de passageiros por motocicletas e para a entrega de mercadorias intermediadas por plataformas digitais. A medida estabelece responsabilidades, requisitos de segurança e padrões de qualidade para a operação desses serviços no município. O programa de incentivo institui o Programa Municipal de Incentivo ao Transporte Remunerado Privado Individual de Passageiros e Mercadorias em Motocicletas, Ciclomotores e Motonetas. A iniciativa busca estimular a formalização, regularização e melhoria das condições de trabalho dos profissionais cadastrados pelas empresas de aplicativos. Para participar do programa, o motociclista deve estar em dia com o IPVA e tributos municipais, possuir cadastro ativo e regular junto à Etufor, não ter cometido infrações graves ou gravíssimas nos 12 meses anteriores ao pedido e utilizar veículos com cilindrada máxima de 160 cm³, devidamente licenciados e em conformidade com as normas municipais. Prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão, envia à Câmara projetos sobre motociclistas de app. A comprovação de vínculo ativo com a plataforma de transporte ou entrega é necessária para obter, renovar ou manter o desconto de 50% no IPVA. Entre os critérios estão: exercer a atividade de forma efetiva nos últimos 30 dias, realizar no mínimo 3.000 viagens ou entregas no ano anterior e comprovar a atividade de forma contínua e eletrônica, por meio de integração tecnológica entre a plataforma e a Etufor. O desconto no IPVA pode ser aplicado ao veículo do motociclista beneficiário do programa ou ao veículo de um parente de primeiro grau indicado por ele. Prefeitura de Fortaleza envia projetos para regulamentar motociclistas de app e reduzir IPVA em 50%. Bruno Peres/Agência Brasil Assista aos vídeos mais vistos do Ceará

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Alive Orbe reúne 8 DJs e mais de 10 horas de música em universo 3D dentro de cúpula em Manaus

Publicado em: 10/12/2025 20:28

Line-up completo: 8 DJs guiando mais de 10 horas de música e imersão Reprodução A Alive Orbe acontece em Manaus no dia 20 de dezembro, a partir das 22h, e promete transformar a cúpula subterrânea do Centro Cultural Povos da Amazônia em um ambiente totalmente imersivo. A experiência reúne 8 atrações, mais de 10 horas de música, tecnologia, arte visual e projeções mapeadas em alta definição. Os ingressos já estão à venda pela internet. A estrutura da “Bola da Suframa” será redesenhada com projeções 3D que respondem à música e envolvem o público em uma atmosfera sensorial contínua. O conceito é inspirado em grandes experiências internacionais, como a Sphere, de Las Vegas. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp O que esperar da imersão: Projeções mapeadas em alta definição cobrindo toda a cúpula Conteúdos visuais sincronizados com música e arquitetura do espaço Iluminação dinâmica que acompanha o ritmo das atrações Ambiente 3D vivo, pensado para longas horas de experiência Mais de 10 horas de música, arte e tecnologia integradas Line-up principal ZAC — destaque nacional do progressive house e melodic techno; residente do Warung; presença em festivais como Tomorrowland Brasil. PACS — nome global em ascensão; suporte de Anyma e Solomun; autor do remix de Innerbloom que viralizou no Tomorrowland 2024. AYÊ — projeto de afro house + progressive com atmosfera profunda e envolvente. Cena regional representada Pach Gadelha Keoma BessMaze Black Machines (b2b entre Black Hole e Hybrid Machines) Sustentabilidade A produção reforça práticas responsáveis, como: uso de copos ecológicos, geradores a biodiesel, e estrutura planejada para reduzir impacto ambiental. A Alive Orbe se consolida como uma das experiências mais intensas e tecnológicas da música eletrônica no Norte, unindo projeções mapeadas, narrativa sonora contínua e uma proposta totalmente imersiva dentro da cúpula subterrânea de Manaus. Evento ocupará a estrutura subterrânea da Bola da Suframa com música eletrônica e projeções. Divulgação

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Águas de Jaru capacita agentes de saúde e endemias pelo Programa Nascentes

Publicado em: 10/12/2025 20:00

Agentes Comunitários de Saúde e Endemias recebem capacitação por meio do Programa Nascentes Assessoria / Aegea RO A Águas de Jaru e a Secretaria Municipal de Saúde uniram forças no Programa Nascentes, uma iniciativa estratégica para levar conhecimento especializado em saneamento básico aos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias. Esses profissionais, essenciais na linha de frente da saúde, participaram de uma capacitação focada em valorização e aprimoramento. Durante o encontro, Edilene Pereira, doutora em Engenharia, alertou sobre a importância crítica do saneamento como instrumento direto de prevenção de doenças, munindo os agentes com informações vitais para a comunidade. “Essas informações agregam muito, as pessoas podem fazer a adoção de métodos bastante eficientes na promoção da saúde. E, além de que, a sensibilização, um dos maiores gargalos na implementação adequada do saneamento é justamente a resistência da população em aceitar, em entender o que é esse processo e os benefícios dele. Então, essas discussões, são importantes para que esses agentes possam fazer esse papel de formiguinha, de levar até a população essa informação tão essencial. Porque o saneamento é sim uma medida de prevenção que deve ser aliado sim à saúde”, afirmou Edilene. Durante a capacitação, a especialista explicou ainda o impacto positivo do saneamento: cada R$ 1,00 investido em saneamento pode gerar uma economia de R$ 4,00 a R$ 9,00 em gastos com saúde. A coordenadora do e-SUS em Jaru, Érika da Silva, também destacou a importância do encontro para o trabalho dos agentes. “Muitos agentes tiraram dúvidas e isso faz toda a diferença. Acredito muito na capacitação, aprendizado nunca é demais. Meus agentes são muito atenciosos, e esse conhecimento só agrega. Às vezes, a gente pensa que é só saúde, mas a água é saúde. Quando eles têm essa visão, conseguem repassar informações, orientar nas visitas e verificar se está tudo certo. Foi realmente muito importante”, relatou Érika. Tania Olinda, da responsabilidade social da Águas de Jaru, explicou mais sobre o programa e da importância de explicar o saneamento básico. “O Encontro Nascentes reforçou a conexão vital entre saneamento e saúde pública. Apresentamos aos agentes comunitários de saúde e de endemias todas as etapas do tratamento da água, as tecnologias empregadas para garantir uma água segura e de qualidade, essencial para a prevenção de doenças. Nosso objetivo é que, ao compreenderem a robustez desse processo, os agentes levem essa informação adiante, fortalecendo o cuidado com a comunidade e atuando como multiplicadores da saúde preventiva”, explica Tania Olinda. Programa Nascentes O Programa Nascentes é um evento promovido pela Águas de Jaru em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. O Programa foi criado para promover a capacitação dos agentes de saúde e endemias e mostrar a importância do acesso a água tratada e do saneamento básico como um todo para a promoção da saúde pública. A Águas de Jaru é uma das cinco concessionárias do grupo Aegea em Rondônia, a maior empresa privada de saneamento do Brasil. Com um histórico de investimentos expressivos, o grupo tem como missão transformar realidades por onde passa. No estado, o grupo avança com foco em tecnologia e inovação nas operações da Águas de Jaru, Águas de Rolim de Moura, Águas de Ariquemes, Águas de Pimenta Bueno e Águas de Buritis.

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Belém reconhece como patrimônio cultural manifestações que mantêm vivo o samba na cidade

Publicado em: 10/12/2025 19:50

Samba Batuque da Feira do Açaí e Fé no Batuque são reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial de Belém Divulgação A Prefeitura de Belém reconheceu como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do município o Samba Batuque da Feira do Açaí e da Roda de Samba Fé no Batuque . Os projetos foram aprovados pela Câmara Municipal e sancionados como as leis nº 10.238 e 10.247, em 1º de dezembro deste ano. As iniciativas são de autoria do vereador Rodrigo Moraes (PCdoB). Com a nova legislação, as duas manifestações culturais passam a integrar formalmente o conjunto de expressões culturais que representam a identidade, a memória e a tradição do povo belenense. 📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp Geraldo Nogueira, produtor cultural e integrante do Samba Batuque da Feira do Açaí e também da Roda de Samba Fé no Batuque, celebrou a conquista. “É um misto de sentimentos. Estamos há 5 anos construindo essa história, junto com a DJ Jack Sainha, os ambulantes e outros envolvidos. A ficha ainda está caindo, mas estamos muito felizes. O Fé no Batuque já tem 11 anos de trabalho na cidade", afirmou. Samba Batuque da Feira do Açaí e Fé no Batuque são reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial de Belém Divulgação Segundo Geraldo, o reconhecimento reforça o trabalho coletivo que sustenta as rodas de samba, envolvendo artistas, trabalhadores informais e frequentadores que transformam os encontros em ponto de encontro cultural e afetivo da cidade. Justa homenagem Autor dos dois projetos de lei, o vereador Rodrigo Moraes destacou que as rodas representam não apenas manifestações culturais, mas também formas de resistência social e econômica em Belém. "Tratam-se de duas expressões da cultura popular do samba. É um samba de resistência, da população mais pobre, que utiliza espaços históricos do centro da cidade", citou. O parlamentar também ressaltou a importância dessas iniciativas para a economia criativa do município. Grupo Samba Fé no Batuque é reconehcido como Patrimônio cultural de Belém Divulgação “São expressões artísticas e culturais que movimentam não só quem vai curtir, mas artistas, intelectuais, o centro histórico, ambulantes, o samba de roda. Desenvolve economia local. É importante para a cidade. É uma justa homenagem a quem faz a cultura de resistência e a produção cultural em nossa cidade", disse. Com o reconhecimento, os grupos passam a ter respaldo institucional para fortalecer atividades, buscar apoio e manter viva a tradição do samba praticado nas feiras, praças e ruas de Belém. VÍDEOS com as principais notícias do Pará Acesse outras notícias do estado no g1 Pará.

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Instagram libera nos EUA ferramenta que dá ao usuário mais controle sobre o algoritmo do Reels

Publicado em: 10/12/2025 19:33

Instagram Unsplash/Solen Feyissa O Instagram apresentou, nesta quarta-feira (10), um novo recurso impulsionado por inteligência artificial (IA) que permite aos usuários ver e ajustar o algoritmo que configura a seção de Reels, o que a empresa promove como um avanço pioneiro rumo a um maior controle por parte do usuário. A ferramenta foi lançada apenas nos Estados Unidos e, segundo a empresa, em breve estará disponível mundialmente em inglês. O aplicativo, propriedade da Meta, lançou "Seu algoritmo", acessível por meio de um ícone no canto superior direito do Reels, o feed de vídeos curtos. A função mostra os temas que o Instagram considera de interesse do usuário com base em seu histórico de visualizações. Em uma publicação de seu blog, a Meta disse que agora as pessoas podem indicar diretamente à plataforma quais temas querem ver, com recomendações que se ajustam em tempo real. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja os vídeos que estão em alta no g1 Reguladores e usuários exigem cada vez mais que as plataformas de redes sociais ofereçam maior transparência na seleção de conteúdo. Críticos dizem que o que se escolhe mostrar ao usuário pode criar "câmaras de eco", confirmando a informação ou opinião prévia que ele tenha sobre um tema, ou promover conteúdo nocivo. Mas, para as empresas, os algoritmos são "o ingrediente secreto" para atrair a atenção dos usuários, portanto, costumam resistir a uma maior transparência. "O Instagram sempre foi um lugar para se aprofundar nos seus interesses e se conectar com amigos", afirmou a empresa. "À medida que seus interesses evoluem ao longo do tempo, queremos dar a você maneiras mais significativas de controlar o que vê." O recurso mostra aos usuários um resumo de seus principais interesses e permite digitar temas específicos para refinar o fluxo de conteúdos que recebem. O Instagram disse estar "liderando o caminho" ao oferecer esse nível de transparência e controle, e anunciou planos de ampliar o recurso para outras seções do aplicativo. Enquanto isso, na Austrália, entrou em vigor nesta quarta a lei que proíbe menores de 16 anos de acessar redes sociais, em uma medida sem precedentes em todo o mundo. O governo australiano afirmou que busca "retomar o controle" das grandes empresas de tecnologia e proteger as crianças de "algoritmos predatórios". Veja mais: 'Vejo você em 4 anos': adolescentes na Austrália se despedem das redes antes de proibição 'Perdi R$ 4 mil comprando uma água, diz vítima do golpe do cartão trocado